O trabalho do técnico Dunga à frente da Seleção Brasileira foi cobrado em reunião ontem, na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio, com a presença inclusive do presidente licenciado Marco Polo del Nero. O treinador vem sofrendo pressão dentro da própria entidade e corria o risco de ser afastado do comando da seleção olímpica.
Apesar disso, o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, negou qualquer cobrança. No fim da tarde, após a reunião, ele apareceu no saguão da CBF para um breve discurso. "Não tenho muito o que falar", afirmou, para depois dizer que não iria responder a nenhuma pergunta.
Segundo Gilmar Rinaldi, a reunião de ontem serviu para tratar da programação da seleção brasileira para a Copa América Centenário e para os Jogos Olímpicos do Rio. "Fui almoçar com o presidente (Carlos) Nunes, como sempre, para passar um relatório. Normal", disse.
Questionado sobre a permanência dele e de Dunga à frente da seleção, o coordenador relutou em responder. "É uma surpresa que estejam me fazendo essa pergunta ". E garantiu Dunga na seleção olímpica. "Isso está definido há um ano e meio".
Já o presidente em exercício da CBF, Coronel Nunes, admitiu que a Seleção vive momento difícil nas Eliminatórias e cobra evolução da equipe comandada pelo técnico Dunga, que sofre com críticas e questionamentos em razão dos recentes tropeços.
"Todos nós, como torcedores, achamos assim: 'Ih, não estamos gostando'. Porque todos nós queremos ganhar, ganhar, ganhar, ninguém quer perder. Às vezes tem empate, mas o cara diz: 'Não, não
serve'", declarou.
DN