Por milhão da população (pmp)

Em 2015, o Ceará estabeleceu um novo recorde de transplantes de órgãos e tecidos, com a realização de 1.433 procedimentos, 34 a mais que o recorde anterior, de 1.399 transplantes em 2014. No ano passado, 198 pacientes receberam fígado saudável, superando os 195 transplantes feitos no ano anterior. O resultado manteve o Ceará como o estado que mais realiza transplantes de fígado no país, com taxa de 22,1 pmp, à frente de Distrito Federal (21,7) e Santa Catarina (15,8). Conforme o RBT, o transplante hepático permaneceu estável no ano (aumento de 2,8% no número e diminuição de 3,3% na taxa) e apenas Ceará e Distrito Federal realizaram mais do que 20 transplantes pmp. A publicação observa que há 1.280 (6,3 pmp) pacientes em lista, e ingressaram 2.634 (13 pmp), enquanto que a estimativa de ingresso baseada em registros internacionais seria de 30 pmp (6.084). Apenas Ceará (41 pmp), São Paulo (27 pmp) e RS (25 pmp) aproximaram-se dessa taxa.
O Ceará também manteve a posição em relação aos doadores efetivos, com taxa de 23,5 doadores pmp, atrás apenas de Santa Catarina (30,2) e Distrito Federal (28,4). No ano passado o Estado fez 538 notificações de potenciais doadores, ou 60,8 pmp. Mesmo que 330 dessas notificações não tenha efetivado doadores, o Ceará ficou também em terceiro lugar do Brasil no percentual de efetivação de doadores, o que ocorreu em 39% das notificações, percentual menor que os 41% de Minas Gerais e Santa Catarina. Para a efetivação de 208 doadores, foram realizadas 342 entrevistas e em 129 delas a família do potencial doador recusou a doação, mesmo percentual de São Paulo, maior apenas que o do Distrito Federal (35%). A recusa familiar é a principal causa de não concretização da doação de órgãos de potenciais doadores.
3º EM DOADORES EFETIVOS
Por milhão da população (pmp)
Nos transplantes de órgãos de doador falecido, o RBT destaca os estados com mais de 50 transplantes pmp: Rio Grande do Sul (61,1), Distrito Federal (60,0), Ceará (53,8) e São Paulo (50,8), sendo a meta para os transplantes com doador falecido de 70 pmp. A taxa global dos transplantes de órgãos de doadores vivos e falecidos no Brasil foi de 39 pmp, enquanto que nos países com melhores resultados está próxima a 100 pmp (objetivo máximo). A meta para o Brasil é atingir 50 transplantes pmp a partir dos próximos três anos, e para os estados com melhor desempenho, realizar 75 transplantes pmp. Neste ano, ultrapassaram os 60 transplantes pmp, e são os estados com melhor desempenho em transplantes o Rio Grande do Sul (66,9 pmp), São Paulo (64,9 pmp) e Distrito Federal (61,7 pmp). O Ceará aparece em quinto lugar, com taxa de 55,5 pmp, depois do Paraná (59,8).
3º EM TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS (doadores falecidos)
Por milhão da população (pmp)
Fonte: ABTO | Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
Este ano, segundo informações da Central de Transplantes de Secretaria da Saúde do Estado, foram realizados, até o dia 3 de março, 38 transplantes de rim, três de coração, 24 de fígado, 14 de medula óssea, 114 de córnea e dois de esclera. A lista de espera tem 11 pacientes na fila de transplantes de coração, 142 de fígado, 496 de rim, seis de pulmão e 546 de córnea, totalizando 1.210 pacientes ativos na lista de espera por transplantes de órgãos e tecidos.
Assessora da Sesa