Condenado por tortura contra funcionários em Aurora ganha liberdade mediante tornozelamento eletrônico

Foto: Reprodução/TV Verdes Mares

Foi solto nesta semana, após ter sido por condenado a uma pena da nove anos e três meses pelo Poder Judiciário do Estado do Ceará, por tortura contra funcionários, cometida em outubro de 2020, Francisco Tavares de Oliveira Neto, de 27 anos, conhecido como “Chico Neto”. O pai de Chico Neto, José Ribamar Gonçalves, foi condenado a 12 anos e seis meses de reclusão, e segue preso na Penintenciária Industrial Regional do Cariri (PIRC). Na decisão judicial também foi negado aos réus o direito de recorrer em liberdade. O caso teve repercusão nacional em virtude da barbaridade e agressividade contra a vítima que teve que fugir da cidade com medo de ser assassinada. Tendo repercussão na mídia nacional em virtude da perversidade dos atos de tortura praticados, as vítimas tiveram os dentes arrancados, dedos dos pés quebrados, chicotadas com fios de energia elétrica ligados na tomada, causando lesões e choques ao mesmo tempo. Tudo com o objetivo que os funcionários confessassem que teriam sido os autores de um “furto forjado” a um dos caminhões dos empresários. Crime patrimonial esse apurado pela delegacia municipal de Lavras da Mangabeira/CE. Chico Neto e José Ribamar foram presos em 7 de abril de 2021, na “Operação Cruciatus”, que também resultou na apreensão de um veículo. Os mandados de prisão preventiva contra pai e filho foram expedidos no dia 31 de março de 2021, onde naquela ofensiva, mais dois mandados de prisão por roubo foram cumpridos contra outros alvos. O jovem preso já havia sido capturado em 2006, suspeito de participação no arrombamento a uma agência bancária em Ipaumirim, outro município do interior do Ceará. Ele foi abordado na residência dele, onde também foi apreendido um automóvel de cor cinza, aparelho celular e outros objetos. As investigações foram conduzidas pela Polícia Civil e embasadas nos exames realizados pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), que atestaram agressões e a remoção de um dente de uma das vítimas. O caso chocou toda a sociedade aurorense, por ser uma cidade muito pacata e ter sido palco de toda essa violência. Conforme apurou nossa reportagem junto ao processo judicial. O mesmo foi solto em razão da progressão do regime para o regime semiaberto, com restrições de se apresentar em locais públicos em determinados horários, além de estar sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.