varzeaalgre.com / Foto: Divulgação Garis que trabalham coletando lixo e varrendo as ruas de Várzea Alegre pedem uma solução para a triste situação em que se encontram. Com cerca de três meses de salários atrasados e paralisados há dez dias como forma de protesto, os servidores denunciam que estão atravessando um momento complicado porque não há como pagar as contas pessoais, além de outros constrangimentos que a situação tem gerado. José Valdemir Silva, motorista da empresa Start, responsável pela coleta do lixo no município, com dois meses sem receber salários, os servidores decidiram paralisar os trabalhos há dez dias. No entanto, sob ameaça de serem demitidos, alguns varredores de rua voltaram ao trabalho mesmo sem receber o pagamento. José Valdemir afirma que a prefeitura contratou outra empresa para realizar a coleta de lixo, o que considera irregular, uma vez que já existe um contrato com a Start para realizar este serviço. Ele acrescentou que os servidores querem voltar ao trabalho, mas já irão se completar três meses de atraso de salário, e desta forma, não há a menor condição de retorno às atividades. Joana Darck Pereira trabalha varrendo as ruas do município e diz que toda a categoria está revoltada com a situação que estão vivendo. Ela afirma que já são três meses de salário atrasado, além de duas férias que não recebeu. Segundo Joana Darck, sempre que a categoria procura a prefeitura para reivindicar o pagamento do salário, a resposta é negativa. Já Edson Ricele, que trabalha como coletor de lixo, também reclama da situação. Ele diz que não tem conseguido pagar nem a pensão alimentícia dos filhos, acrescentando que está receoso e com medo de ser preso preso por não poder honrar este compromisso. Na Câmara da Vereadores, durante a Sessão realizada nesta manhã, os edis se pronunciaram sobre o assunto. Para a vereadora e líder do governo, Professora Dedê (PC do B) lamentou o fato do atraso do pagamento dos servidores, uma consequência da diminuição dos repasses de recursos ao município, dificultando o cumprimento dos contratos. Antônio Sebastião (PT) afirmou que essa situação é fruto do processo de terceirização de serviços que ocorre atualmente, não respeitando o direito dos trabalhadores. Luiz Luciano (PMDB) orientou os servidores a procurar o Ministério do Trabalho para garantir a manutenção de seus direitos trabalhistas. O engenheiro Alex da Silva Pereira, proprietário da empresa Start Construtora Ltda, responsável pelo serviço de limpeza e coleta do lixo em Várzea Alegre falou sobre o problema que vem ocorrendo e causando o atraso do pagamento dos salários dos servidores terceirizados. De acordo com ele, a Prefeitura de Várzea Alegre tem um débito que já chega a oito meses de serviços prestados pela empresa. Destes, três meses são referentes ao um contrato anterior ao atual. O empresário afirma que o prefeito Vanderlei Freire (PSD) se comprometeu a pagar os valores atrasados, mas não o fez. Ao invés disso, segundo Alex da Silva, houve uma rescisão contratual por parte da prefeitura, forçando a empresa a também rescindir todos os contratos com seus colaboradores e arcar com todas as despesas relativas à dispensa dos contratados. O proprietário da Start também declarou que o último pagamento efetuado pela prefeitura à empresa foi em maio deste ano e que foi surpreendido com a notícia de que havia outros carros realizando a limpeza da cidade, sem que ele tenha sido sequer notificada sobre qualquer mudança realizada. Alex da Silva afirmou que nunca mandou que os equipamentos da Start fossem recolhidos em qualquer época por qualquer razão. A Start afirmou que espera poder receber o que a prefeitura lhe deve até esta quinta-feira (20), segundo ficou acordado com o prefeito, para na sequência pagar os seus colaboradores e resolver a situação definitivamente. Alex da Silva se comprometeu a quitar a dívida com os servidores, mesmo que as pendências com prefeitura não sejam resolvidas de imediato. A Prefeitura de Várzea Alegre disse que se pronunciaria sobre o assunto posteriormente.