Os moradores da Rua José Leal Neto, no bairro Seminário, em Crato, espalharam faixas em protesto ao calçamento prometido, há mais de um ano, pelo poder público. De acordo com eles, a rua sofreu modificações com as obras da encosta do Seminário, seguida da implantação do saneamento, deixando-a danificada. A situação compromete, principalmente, a saúde e a acessibilidade de crianças e idosos.
O professor Erlanio Costa da Silva, que mora na área há cinco anos, relata que, antes das obras, a rua era devidamente calçada. “A empresa Coral, responsável pelas obras da Encosta do Seminário, fez diversos buracos para implantar a rede de esgoto na localidade. Algo que durou meses, porque os funcionários alegavam falta de material para concluir o saneamento. Depois, a empresa fez um calçamento, de forma parcial, que foi destruído logo em seguida”.
O professor contou que a Sociedade Anônima de Água e Esgoto do Crato (Saaec) removeu o calçamento parcial para implantar a rede de água. “Na época, tivemos transtornos e as pessoas não tinham como tirar e colocar seus transportes da garagem. Mas, era algo necessário, já que se tratava de saneamento básico. O problema maior foi que, depois disso, a empresa não refez o calçamento. Em vez disso, ela joga a responsabilidade para a Construtora Coral e vice-versa, enquanto a gente sofre com os transtornos”, avaliou.
Segundo Evandro Nunes, policial militar, as faixas demonstram a indignação dos moradores em relação à demora para refazer o calçamento. “A nossa rua foi a primeira a se iniciar os trabalhos com as obras da Encosta. Já houve duas inaugurações e nossa rua não foi concluída. Temos uma preocupação ainda maior com as crianças e os idosos, que têm uma saúde mais frágil, aspiram toda a poeira, além da falta de acessibilidade. Então fizemos faixas para tentar sensibilizar as autoridades sobre a situação local”.
Os moradores afirmaram que procuraram o poder público, que se prontificou em solucionar a situação em até 30 dias, prazo extrapolado desde janeiro deste ano. O secretário de Obras, Tácio Luiz, disse que esteve no local fazendo um levantamento da situação, mas, diante da instabilidade financeira do Município, ainda não foi possível fazer o calçamento. “Ainda não dá para destinar recurso para a pavimentação. Temos o interesse de corrigir o mais rápido possível, assim que chegar recurso federal.
Jornal do Cariri