Como forma de homenagear e celebrar a presença feminina na instituição, a solenidade foi toda comandada por mulheres, e contou com um desfile composto por pelotões femininos – mulheres policiais militares que atuam em diferentes quadros da Instituição, entre administrativo e operacional – que prestaram continência às autoridades presentes.
A sargento Delice Martins de Oliveira, que entrou na polícia em 1994, integrando a primeira turma de policiais femininas, ficou muito feliz com as homenagens. Delice conta que ingressou na corporação com o desejo de lutar por uma sociedade mais justa. “Eu quis lutar pela igualdade, principalmente da mulher naquela época. Como fui pioneira, me sentia na obrigação de lutar e fazer justiça na sociedade”, afirma.
Para Delice, as policiais femininas (Pfems) tiveram que encarar o machismo enraizado na sociedade e buscar um tratamento respeitoso e igualitário por parte dos colegas de farda e da sociedade civil. “Alguns tratavam a gente como se fôssemos bibelôs”, relembra. A militar deseja que as mulheres ocupem cargos cada vez mais importantes no Estado e no País. “Eu desejo que nossas policiais e gerações femininas futuras busquem direitos iguais e protagonismo nos mais diversos cenários”, explica.
O comandante geral da PMCE, coronel Alexandre Ávila, afirma que, para uma instituição que atende a sociedade e tem como responsabilidade a segurança das pessoas, é imprescindível a participação da mulher. O comandante geral ressalta que com o passar dos anos as mulheres têm alcançado mais espaço dentro da instituição, inclusive ocupando posições de comando.
“Hoje nós temos duas tenentes-coronéis que exercem funções estratégicas dentro da instituição, Maria Helena, que é a chefe do comando logístico da PM, ou seja, a pessoa responsável por toda logística da corporação, e a Sandra de Carvalho, que coordena todos os trabalhos de assistência social e de saúde da PM, que também é uma função chave”, pontua o oficial.
Alexandre Ávila completa que “as outras polícias femininas tem contribuído de forma inequívoca para o desenvolvimento da instituição, participando de todas as atividades, como: operações de choque e operações especiais”. “Nós temos policiais militares femininas presente em todos os municípios do estado e em todas as unidades”, ressalta. O comandante-geral finaliza afirmando que “as mulheres são essenciais para a instituição, que só se desenvolve através do trabalho conjunto de homens e mulheres”.
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