Servidores municipais de Juazeiro ameaçam parar atividades

Os servidores municipais de Juazeiro do Norte poderão deflagrar greve na próxima sexta-feira (04), data programada para acontecer a assembleia geral do funcionalismo público municipal. Para não cruzar os braços, os funcionários cobram da Prefeitura um reajuste igual ou superior a 5%, com efeito retroativo a janeiro deste ano. A gestão, no entanto, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Juazeiro do Norte (Sisemjun), Marcelo Alves, apresentou proposta de correção salarial de 3,75%, baseado no índice inflacionário do ano passado. Ainda de acordo com o sindicalista, o reajuste oferecido pela Prefeitura não inclui cerca de 670 servidores que recebem salários inferiores aR$ 1.100 por mês, a exemplo dos auxiliares de serviços gerais, merendeiras e cozinheiros. Ao Jornal do Cariri (JC), a Secretária de Administração do Município, Romênia Botelho, justificou que as categorias não contempladas na proposta da Prefeitura já tiveram seus vencimentos corrigidos em janeiro, com base no aumento do salário mínimo, que esse ano foi de 4,61%.Assim, o reajuste seria estendido a 2.120 servidores, que ganham a cima de R$ 1.100, exceto professores, agentes de saúde e agentes de endemia, categorias que já obtiveram reposições salariais no início do ano. O presidente do Sisemjun, entretanto, reclama que a proposta não prevê aumento para os 275 guardas civis metropolitanos, profissionais que não foram alcançados pelo reajuste do salário mínimo. Em nota, a gestão afirma que a categoria terá correções salariais diferenciadas, com base no Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), que deve ser aprovado até o dia 06 de maio. De acordo com o sindicato que representa o funcionalismo público de Juazeiro, o Município conta, atualmente, com um quadro de 2.578 servidores efetivos, dos quais, pela proposta da Prefeitura, 2.100 seriam contemplados com o reajuste de 3,75%, gerando um impacto anual de 2,4 milhões nos cofres públicos. O Sisemjun, no entanto, sinaliza pela rejeição da proposição e ameaça deflagrar greve caso a gestão não reveja os percentuais de correção. “O governo já sabe que se a proposta não for razoável, na assembleia desta sexta, a categoria vai aprovar por unanimidade a greve”, crava o presidente. Conforme apurado pelo JC, a Prefeitura estabelecerá uma nova negociação com a diretoria do sindicato nesta quinta-feira (03), às 14h. A reunião ocorrerá poucas horas antes da assembleia geral dos servidores, marcada para o dia seguinte, às 9h, no auditório do Cereste. Até o fechamento dessa matéria, a Secretaria de Administração e Finanças (Seafin) não informou se fará alguma alteração na proposta de reajuste original. *Conteúdo “Jornal do Cariri”