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CRATO Obras do Governo Ronaldo são investigadas pela Polícia Federal

As informações são do Jornal do CaririFoto: Arquivo/Agência Caririceara.comO ex-prefeito do Crato Ronaldo Mattos (PSC) enfrenta o segundo esgaste administrativo pós-governo. Na terça-feira, dia 24 de janeiro, uma equipe de peritos da Polícia Federal (PF) esteve no Município em busca de informações sobre as reformas feitas pela ex-gestão em oito escolas.Na semana passada, o ex-prefeito foi acusado de deixar um rombo de R$ 5,6 milhões na Sociedade Anônima de Águas e Esgotos do Crato (Saaec). A informação – prestada pela atual gestão da autarquia – observa que não estão inclusos valores referentes a débitos com o INSS. Os débitos apresentados são referentes a atrasos de pagamentos com a Cogerh, de R$ 4,3 milhões, e com a Enel/Coelce, de R$ 1,3 milhão.Os peritos da PF visitaram a Secretaria de Infraestrutura, onde foram recebidos pelo atual secretário Luiz Wellington. O secretário disse aos peritos que não estava ciente do caso, por estar no cargo há pouco tempo. Sobre a localização das escolas, Luiz Wellington orientou os peritos a procurarem à Secretaria de Educação do Município.Durante as visitas, os investigadores foram acompanhados por um fiscal de obras da Prefeitura e não falaram com a imprensa. Um dos peritos, identificado apenas como Leonardo, disse que não poderiam falar sobre os detalhes da operação, por se tratar de uma investigação sigilosa. A equipe faz parte do Departamento de Engenharia da Polícia Federal.Os peritos investigam indícios de superfaturamento a partir de denúncias de uso de materiais inferiores aos que foram descritos no projeto inicial. Além de averiguar a qualidade dos materiais, os agentes fizeram medições para certificar a totalização da área reformada descrita no projeto. As obras foram licitadas em 2012, ainda na gestão do ex-prefeito Samuel Araripe (PSDB).Em uma das unidades de ensino visitadas pela equipe da PF, a Escola de Ensino Infantil e Fundamental Maria Pia Brígido e Silva, no Parque Granjeiro, foram verificadas reformas em parte do piso, construção de salas e pintura do prédio. Direção e funcionários da escola não quiseram falar sobre a investigação.Segundo informações colhidas no Portal da Transparência do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), entre os anos de 2012 e 2013, foram empenhados e pagos R$ 1,7 milhão (R$ 1.704.276,82) em serviços prestados à Secretaria de Educação, especificados apenas como “obras e instalações”De R$ 1,7 milhão, a gestão Samuel pagou R$ 1,2 milhão e anulou outros R$ 407 mil. O valor anulado por Samuel foi empenhado e pago na gestão Ronaldo Mattos. A licitação (nº 2707.02/2012-01) foi feita em julho de 2012 e a empresa prestadora dos serviços não foi citada por falta de confirmação da Polícia Federal.Segundo informações conseguidas pelo Jornal do Cariri, a investigação teve início em 2014, quando outra equipe de peritos colheu documentos na Secretaria de Obras do Município. O ex-secretário Tárcio Luiz disse não ter conhecimento das reformas ou outras obras, por não estar à frente da Secretaria na época.Outra visita à Secretaria de Obras foi feita já em 2016, mas o secretário disse não saber o que foi recolhido ou investigado. Apesar de não prestar qualquer informação sobre a investigação, existe a expectativa de que, em breve, a Polícia Federal divulgue o relatório final da investigação.O ex-prefeito Ronaldo Mattos não foi encontrado para falar sobre a investigação. A reportagem do JC tentou contato por telefone, mas não teve as ligações retornadas pelo ex-prefeito. 
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