DA AGÊNCIA CARIRICEARADavi Salomão com reportagem de Ambrósio Santos Fotos: Jota Lopes/Caririceara
Com a Câmara Municipal lotada, o legislativo cratense aprovou em uma única votação na manhã de hoje à medida que prevê a vedação à ideologia de gênero em escolas da rede pública municipal.Antes de cada parlamentar declarar o seu voto, a Casa promoveu um debate onde os presentes discutiram sobre o assunto, momento este marcado por um princípio de tumulto e trocas de ofensas entre grupos favoráveis e contra a aprovação da lei.Tanto a Polícia Militar como também a Guarda Municipal estiveram no local para garantir a segurança de todos.
Durante a reunião, a defensora pública Janaina Nobre entrou sem permissão no plenário querendo utilizar a Tribuna para discursar contra a proposta, porém, o presidente Florisval Coriolano exigiu que ela se retirasse ameaçando processá-la, já que a mesma, não tinha autorização…” A senhora não é maior do que a constituição federal , do que a lei orgânica, do que o regimento interno, a senhora afrontou os vereadores com essa autoritária que a senhora tem demonstrado, que a senhora tem apresentado, o senhor já explicou e está em discussão o projeto, eu tenho quatro advogados e ela vai ter que contato com eles lá perante o juiz sela lá onde for, a procuradoria vai entrar com um processo”.Em seguida, o vereador Amadeu de Freitas justificou o porquê da não permissão para a defensora pública se manifestar na Tribuna…” Amadeu fala – Vou explicar pra Dra Janaina como o presidente tinha aberto inicialmente três falas, por seis falas, três a favor e três contra, mas acontece que o regimento não prevê, estava aberto a possibilidade disso, mas perante as manifestações a gente cortou esta fala, então só vão poder falar os vereadores, então vamos ter calma, cumpram o papel de vocês que é ficar acompanhando a sessão, eu sei a minha intenção era pedir”.Ao ser dado inicio a votação, os ânimos ficaram acirrados entre os vereadores Pedro Alagoano e Fernando Brasil, isso porque durante o processo Fernando afirmou que votaria “a favor de Bebeto”…” O meu voto é a favor de Bebeto”.Logo após a colocação do parlamentar, Pedro Alagoano solicitou que os colegas se manifestassem apenas dizendo que eram “a favor do projeto de iniciativa do vereador Bebeto”…” Eu queria só se eu puder, eu gostaria de pedir a vossa excelência quando os senhores vereadores quando forem se manifestar ainda tem voto a favor de Bebeto do decreto de iniciativa do vereador Bebeto”.Vindo logo depois a ser rebatido por Fernando…” Eu tô dizendo que o meu voto é de Bebeto é porque o projeto é dele e eu voto é no projeto de Bebeto – Tabom que não vai dar nada, Bebeto está defendendo um projeto agora o senhor vereador está confundindo as coisas eu acho que o vereador Bebeto não está sendo candidato a nada para o seu voto ser de Bebeto, entenda você pode acompanhar o voto do vereador Bebeto agora o voto é de Bebeto ele não é candidato a nada”.Amadeu de Freitas criticou o fato do presidente da Câmara ter desrespeitado alguns pontos do processo de votação, demonstrando o seu apoio à matéria…” Resolveu trabalhar pra aprovar essa matéria, o presidente disse que não iria se posicionar, mas o tempo todo ele fez defesa do projeto sim e encaminhou inclusive sem colher o voto de abstenção e sem contar os votos e por isso eu pedi uma questão de ordem e ele não aceitou uma questão de ordem e a matéria foi votada de forma tumultuada e isso não é bom para democracia e para esse parlamento”.O parlamentar ainda citou a articulação que transformou segundo ele, o que seria uma emenda em um projeto de lei, favorecendo a aprovação na casa legislativa…” A articulação política, transformar emendas em um projeto de lei, o que significa? Enquanto para uma emenda seriam necessários 3/5 dos votos dos vereadores que representam todos os vereadores se transformou em um projeto de lei que para aprovação esclarece de maioria simples nessa matéria, ou seja, a maioria que está aqui hoje estamos presentes a maioria dos vereadores, só que muda a situação que os vereadores não se atentaram, ao se transformar em um projeto de lei, enquanto o projeto da lei orgânica o projeto se inicia e termina aqui na câmara municipal com a promulgação do presidente da câmara o projeto de lei tem que ser aprovado e vai para sanção do prefeito municipal e este terá a prerrogativa de sancionar, vetar ou não fazer nenhuma das coisas e o projeto voltar para esta casa e ser promulgado pelo presidente da câmara, o que era do legislativo agora envolveu o executivo também”.A integrante de movimentos sociais, professora Zuleide Queiroz ressalta quais serão os próximos passos a partir de agora…” Vamos pedir a inconstitucionalidade da votação que exige que o que o que o prefeito não aprove essa legislação e nós continuaremos dizendo que estamos na escola porque eu sou professora nós estamos na escola para que as coisas aconteçam ou pluralismo com direito a voz com direito a voto direito eu quero só que os pais escolas agora quem é que tá tirando seus filhos da escola é uma política de inclusão que não tem merenda escolar que não tem vaga E que não tem Professor essa é uma política de exclusão e não se falar de sexo porque o que nós estamos falando a escola é o direito de o direito de ser homem é direito a ser mulher o direito de viver”.
