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Câmara de Juazeiro do Norte acusa Carajás de mentir sobre a geração de 500 empregos no município

Os vereadores de Juazeiro do Norte estão insatisfação com a empresa Carajás Home Center. Os representantes do Legislativo reclamam que o grupo empresarial não está cumprindo com o que foi prometido como contrapartida para sua instalação em Juazeiro. A empresa deve ser pressionada pelo cumprimento do contrato.O presidente da Câmara, vereador Glêdson Bezerra (PMN), disse que a situação está causando mal-estar e os parlamentares estão se sentindo traídos. “Criou-se uma expectativa na cidade e a população cobra dos vereadores os resultados prometidos, ou seja, a geração dos empregos”, disse. Segundo informações, foram gerados pouco mais de 200 empregos dos mais de 500 prometidos pelo empreendimento.
Carajás Home Center Juazeiro. Foto: Jota Lopes / Agência Caririceara.com
Carajás Home Center Juazeiro. Foto: Jota Lopes / Agência Caririceara.com
Glêdson disse que é inegável a importância da empresa para Juazeiro, mas ressalta que é necessário cumprir com o que foi acordado no contrato. “Quando vierem se instalar, não venham com promessas falaciosas, com mentiras ou com meias verdades, por que não precisa”. Glêdson adverte que os vereadores votaram e aprovaram um projeto e, na prática, estão vendo outro.Apesar das fortes críticas, o presidente ressaltou a importância da empresa para Juazeiro. “É importante dizer que a Carajás está de parabéns, por vim se instalar em nossa cidade”, mas ressalta que “não era preciso chegar iludindo e mentindo, dizendo que iria gerar um número ‘x’ de empregos e não gerar sequer a metade do que prometeu”.A empresa se comprometeu em construir, ainda, um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e uma praça pública no bairro Campo Alegre, que até agora não tiveram as obras iniciadas. “Um cidadão veio a esta Casa e disse que seriam gerados mais de 500 empregos e que seria feito um convênio com a Câmara para encaminhamento de profissionais iniciantes para treinamento, e até agora nada” disse o presidente.A crise está apenas no campo da cobrança e, por enquanto, não se fala em votar a anulação da doação de uma rua para viabilizar a instalação.PolêmicaDesde o anúncio de que envolvia a desapropriação da Rua Dídio Lopes de Oliveira, no bairro São José, o projeto enfrentou muitas polêmicas. Aprovado em sessão extraordinária em outubro 2017, chegou a ser questionado pelo Ministério Público do Estado (MPCE).Sobre a importância da doação da rua, na época, o diretor de expansão, Luiz Antônio, disse que a empresa fez todo o trabalho de pesquisa de mercado e procura por um local ideal para se instalar. “Poderia ser um terreno em outro local, mas a localização na Avenida Padre Cícero é estratégica para nós”, disse.Em novembro de 2017, o Ministério Público ajuizou Ação Civil Pública pedindo o embargo das obras do empreendimento. Segundo os promotores, havia irregularidades nos procedimentos administrativos e legislativos. A rua foi doada ao empresário Gilmar Bender, que alugou o terreno por 30 anos a Carajás. A ação do MP de Juazeiro continua esperando julgamento.A empresa previu um investimento de R$ 40 milhões em 30 anos e a construção de um CRAS, no valor de R$ 750 mil, e um centro de Esporte em praça, no valor de R$ 285 mil.A equipe de reportagem do JC procurou a gerência da Carajás Home Center, mas o responsável não foi encontrado para comentar as críticas feitas na Câmara de Juazeiro.Conteúdo do Jornal do Cariri
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