FOTO: YASMIM RODRIGUES/ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO TJCE
Neste 26 de julho, “Dia Nacional do Tradutor e Intérprete de Libras”, você vai conhecer como o trabalho dos tradutores e intérpretes da Língua Brasileira de Sinais é importante para garantir a comunicação do Judiciário com as pessoas surdas
Nara Maria de Lima Sousa Gonçalves está entre as dez intérpretes que atuam na Justiça cearense. Ela explica que o trabalho de acessibilidade desenvolvido por eles atende às demandas da comunidade surda em duas vertentes: ajudando diretamente no dia a dia dos colaboradores e possibilitando, em tempo real, o acesso às informações para as pessoas com deficiência auditiva. “Isso dá dignidade às pessoas surdas, e é uma forma de assegurar os direitos previstos em lei”, ressalta.
Rogéria Maria Pinheiro é uma das beneficiadas com o trabalho da Nara e é também uma das primeiras colaboradoras surdas do Judiciário estadual. Atualmente lotada no Setor de Arquivos do TJCE, ela lembra que, com o passar do tempo, a comunicação tem evoluído. “Anteriormente, os surdos tinham intérpretes para ajudar nas atividades, organizações, explicações e, depois, foi criado um outro sistema para que, nas redes sociais, também aparecesse a janela de Libras. Isso deixou as informações cada vez mais claras e deu mais reconhecimento aos intérpretes”.
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Paralelo ao trabalho nas sessões de julgamento e nos eventos, os tradutores e intérpretes criaram o projeto inédito “Nós da Justiça em Libras”, que batizou cada um dos desembargadores do TJCE com um sinal. “O projeto foi criado com a ideia de ajudar o trabalho dos tradutores e intérpretes de Libras. Antes, usávamos letra por letra para identificar cada desembargador. Hoje, cada um tem um sinal, o que torna o relacionamento da comunidade surda com a Justiça estadual mais próximo”, detalha a intérprete Kalinca Nascimento da Cruz.
Os colaboradores surdos que atuam nas áreas de digitalização e higienização de processos, bem como no malote do Fórum Clóvis Beviláqua (FCB), foram os responsáveis por atribuir os sinais para cada magistrado e magistrada a partir de características próprias.
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Para Rômulo Linhares da Rocha, que trabalha no Arquivo do FCB, o “Nós da Justiça em Libras”, além de facilitar a rotina, proporcionou mais equidade. “Eu agradeço aos intérpretes pela idealização do projeto. É uma área difícil, e essa iniciativa foi muito boa para esclarecer as informações. Para o ouvinte, parece ser um pouco mais fácil. Mas, com esse mecanismo, a gente consegue trazer essa realidade para mais perto da comunidade surda”, garante.
A iniciativa, liderada pela Assessoria de Comunicação (Ascom) do Poder Judiciário estadual, contempla o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 16, estabelecido na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que visa a promoção de sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, garantindo o acesso à Justiça para todos e a construção de instituições eficazes, responsáveis e inclusivas a todos os níveis.
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INCLUSÃO CONTÍNUA
Um outro projeto significativo desenvolvido pela ASCOM e pelos intérpretes foi o “Justiça em Libras”, realizado através das redes sociais do Judiciário cearense, que explicou, em Libras, conceitos básicos de termos jurídicos, como apelação, recurso, intimação e sentença, eliminando barreiras comunicativas e incentivando a participação cada vez mais ativa da comunidade surda no Poder Judiciário.
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*Conteúdo da Assessoria de Comunicação do TJCE