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APAE Crato oferece teste gratuito da orelhinha neste sábado (18)

FOTO: REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS
Agência Caririceara.com
Redação


Neste sábado, dia 18 de maio, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Crato estará oferecendo um serviço essencial para a saúde auditiva de bebês e crianças: o teste da orelhinha. A iniciativa, que visa identificar precocemente possíveis problemas auditivos, será realizada de forma gratuita, das 08h às 11h.

O teste da orelhinha é uma etapa fundamental na detecção precoce de problemas auditivos em recém-nascidos e crianças pequenas. Essa avaliação, também conhecida como triagem auditiva neonatal, é capaz de identificar eventuais disfunções auditivas logo nos primeiros dias de vida, permitindo intervenções precoces e proporcionando um desenvolvimento mais saudável para a criança.

A APAE de Crato, reconhecida pela sua atuação em prol da inclusão e cuidado com pessoas com deficiência, está promovendo essa ação em sua sede, localizada na Travessa Milagres, no Bairro Vila Alta. O horário de atendimento será das 08h às 11h, sem necessidade de agendamento prévio. Basta comparecer ao local com o bebê ou criança para realizar o teste, que é indolor e rápido.

É importante ressaltar que a detecção precoce de problemas auditivos pode fazer toda a diferença no desenvolvimento da linguagem e na integração social da criança. Por isso, a realização do teste da orelhinha é fundamental, especialmente nos primeiros meses de vida, período crucial para o desenvolvimento sensorial.

A APAE de Crato reafirma seu compromisso com a saúde e o bem-estar das crianças da comunidade, oferecendo mais uma vez um serviço essencial de forma gratuita. O teste da orelhinha é uma oportunidade para os pais cuidarem da saúde auditiva de seus filhos de maneira preventiva, garantindo um futuro mais promissor e inclusivo. Compareça neste sábado, das 08h às 11h, na sede da APAE Crato, e participe dessa importante iniciativa.


Semana da Tireoide: CIDH orienta sobre problemas na glândula e faz avaliação aberta ao público


Foto: Thiago Mendes

O exame físico da tireoide realizado com a técnica adequada é fundamental para diagnósticos de problemas na glândula

Pequena em tamanho, mas grande em importância. Localizada na parte da frente do pescoço, a tireoide é uma glândula em formato de borboleta que age no nosso metabolismo por longo tempo – da idade fetal até o fim da vida – e precisa ser cuidada quando desregula. Neste sábado (18), o Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH), unidade da rede da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), une-se a parceiros na Campanha Nacional de Esclarecimento e Avaliação da População sobre as Doenças da Tireoide e oferece orientações e atendimento à população na Paróquia de Nossa Senhora da Glória (Av. Oliveira Paiva, 905, Cidade dos Funcionários).

A população terá acesso a informações sobre a glândula, doenças relacionadas (hipo e hipertireoidismo) e a um exame simples, mas fundamental: a palpação do pescoço. O serviço ocorre das 7h30 às 11h30 e marca a Semana Internacional da Tireoide. O evento tem parceria do CIDH, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Ceará (Sbem-CE) e da Sociedade Brasileira de Diabetes do Ceará (SBD-CE).

Além das orientações e do exame físico, pessoas com características que precisam ser investigadas serão encaminhadas para exames clínicos em laboratórios parceiros na ação. Com os exames em mãos, a consulta de retorno será feita no CIDH e, caso necessário, haverá encaminhamento para tratamento na atenção primária.

Cristina Dallago, endocrinologista do CIDH, explica que o evento busca esclarecer as principais dúvidas das pessoas sobre doenças da tireoide, além de permitir acesso a exames para casos suspeitos. “É o momento de a população aproveitar o acesso a especialistas e professores para fazer uma boa avaliação da função da tireoide”, aponta Cristina.

Quando a tireoide não funciona da maneira correta, ela produz mais ou menos hormônio, o que caracteriza o hipertireoidismo (mais hormônio que o normal) ou hipotireoidismo (menos hormônio do que o normal). Embora os distúrbios da tireoide possam aparecer em qualquer fase da vida, Cristina explica que é preciso ter atenção especial às grávidas e aos idosos com múltiplas comorbidades. “As mulheres, em especial, são responsáveis por cerca de 70% dos casos. Além disso, deve buscar o médico aquela pessoa que, olhando no espelho, percebe um crescimento do bócio, o papo”, acrescenta Cristina.

Sintomas e comorbidades

Creditos:  Juliel Veras

Além de inchaço na parte da frente do pescoço, Cristina lista outros sintomas possíveis. Quem tem hipotireoidismo, pode apresentar cansaço, indisposição, pele seca, sono e ganho de peso. No caso do hipertireoidismo, é possível haver aumento da frequência cardíaca (taquicardia), perda de peso, agitação e suor excessivo (sudorese).

Pessoas com diabetes e hipertensão devem avaliar o funcionamento da tireoide com regularidade. “O hormônio da tireoide controla o metabolismo. Então, por exemplo, um hipotireodismo não identificado e não tratado pode piorar o controle da glicemia e aumentar os níveis de colesterol ruim”, detalha Cristina. Nesse sentido, ainda segundo ela, diabetes e hipertensão não controlados podem estar relacionados a uma disfunção da tireoide, daí a importância de se buscar diagnóstico e tratamento.

*Conteúdo da Assessoria de Comunicação do CIDH


Câncer de ovário: especialista do HRVJ destaca que diagnóstico precoce é fundamental para sucesso do tratamento

Na unidade, a comorbidade é a quarta maior incidência dos tratamentos oncológicos nas mulheres. Foto: Joelton Barboza - Ascom HRVJ  

O Hospital Regional Vale do Jaguaribe (HRVJ), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), trata, atualmente, 937 pacientes com diagnóstico de câncer. Desse total, 37 são de ovário, o segundo tipo de câncer ginecológico mais comum, ficando atrás apenas do de útero. No equipamento que fica em Limoeiro do Norte, o câncer de ovário está na quarta posição em incidência, atrás do de mama, de colo do útero, de pele não melanoma e de tireoide.

O médico oncologista do HRVJ, Jefferson Oliveira, explica que, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse tipo de câncer mata cerca de quatro mil mulheres por ano. “E há uma expectativa de mais de sete mil novos casos por ano, logo temos que ter muita atenção em relação a esse diagnóstico e a essa mortalidade”, destaca.

O risco de câncer de ovário é aumentado em mulheres com infertilidade e reduzido naquelas que tomam contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) ou que tiveram vários filhos. Por outro lado, mulheres que nunca tiveram filhos parecem ter risco aumentado para câncer de ovário, é o que diz o INCA. A primeira menstruação precoce (antes dos 12 anos) e a idade tardia na menopausa (após os 52 anos) podem estar associadas a risco aumentado de câncer de ovário.
Sintomas e detecção

Já que na fase inicial, o câncer de ovário não causa sintomas específicos, é preciso cuidar da prevenção. Por isso é importante fazer acompanhamento ginecológico de rotina. “Esse câncer é mais prevalente entre mulheres jovens, entre 30 e 40 anos, e o nosso desafio está em dar o diagnóstico precoce”, diz Jefferson Sales. Quando mais cedo for feita a detecção, maior o sucesso do tratamento.

À medida que o tumor cresce, pode causar pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas; náusea, indigestão, gases, prisão de ventre, diarreia, falta de apetite, desejo de urinar com mais frequência, cansaço constante e/ou massa palpável no abdômen.
Fluxo de atendimento

A coordenadora de Atenção Primária à Saúde da Sesa, Thaís Facó, reforça que é na atenção primária onde se realiza o atendimento das mulheres com coleta citológica (exame Papanicolau) e exame físico. “A partir da identificação de sinais sugestivos de câncer de ovário (dor, inchaço, dor na ato sexual, sangramento vaginal irregular, cansaço constante, perda de apetite, etc.) a mulher é encaminhada para a atenção ambulatorial especializada (policlínicas) onde é atendida pelo ginecologista, que faz o diagnóstico”, explica.

Thaís lembra ainda que o Projeto de Braços Abertos, lançado pelo Governo do Ceará em abril deste ano, tem a intenção de melhorar ainda mais esse fluxo. “Com esse projeto, a Sesa procura organizar e qualificar os processos de trabalho da atenção primária à saúde, e com isso ampliar a cobertura da coleta citológica de mulheres, proporcionando cada vez mais o diagnóstico precoce de câncer ginecológico”, completa.

O oncologista Jefferson Oliveira diz ainda que o acesso ao atendimento oncológico no HRVJ é feito através da regulação primária. Sendo assim, com a suspeita de que se trata de um tumor oncológico, a paciente é avaliada e alocada de acordo com a central para realizar a tiragem oncológica no HRVJ. “Nesse momento ela é acolhida, atendida por um especialista médico e também por outros profissionais. A gente entende que a assistência é multiprofissional, então a paciente é vista pelo médico especialista, enfermeiro, fisioterapeuta, assistente social, psicólogo e, naquele momento, é dado o segmento para as diversas áreas, com apoio social e psicológico. O diagnóstico tem um impacto muito alto não só na paciente, mas na família como um todo, logo são mapeados todos os riscos inerentes àquela pessoa”, explica.
Tratamento

A cirurgia é o procedimento indicado quando se é possível a ressecção de todo o tumor. Nesses casos, a quimioterapia é indicada após a retirada do tumor, com a intenção de reduzir o risco de reincidência da doença. Se a cirurgia inicial não for indicada pela impossibilidade da retirada completa do tumor, a quimioterapia é realizada antes do procedimento cirúrgico.
Dia Mundial do Câncer de Ovário

Segundo o Ministério da Saúde, o Dia Mundial do Câncer do Ovário, comemorado em 8 de maio, foi estabelecido em 2013 por um grupo de líderes de organizações com o objetivo de aumentar a sensibilização a respeito do problema. A campanha é uma iniciativa da World Ovarian Cancer Coalition e apoiada por cerca de 200 instituições do mundo.

*Ascom do HRVJ




Maio Roxo: Hospital Regional do Cariri promove conscientização sobre doenças inflamatórias intestinais

FOTO: JOTA LOPES/AGÊNCIA CARIRICEARA.COM

HRC particpa da campanha Maio Roxo de conscientização sobre Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs)


Maio é o mês de conscientização das Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs). A campanha conhecida como Maio Roxo busca orientar sobre o que são as DIIs e a importância do diagnóstico e tratamento precoce. Para somar forças a esta campanha, o Hospital Regional do Cariri (HRC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) em Juazeiro do Norte, realiza, na próxima quarta-feira (8), um evento com o objetivo de sensibilizar a população e profissionais da saúde sobre este tema.

“As DIIs são doenças crônicas que atingem o trato digestivo, principalmente o intestino grosso, provocando grande impacto na qualidade de vida das pessoas acometidas, como o comprometimento de atividades habituais e laborais. A causa das DIIs é autoimune, relacionada à predisposição imunogenética, à microbiota, à alimentação e estresse”, explica a médica gastroenterologista Marcya Moanna, hospitalista do HRC.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), essas doenças são mais incidentes em pessoas entre 15 e 40 anos. No Brasil, tem sido observado um aumento da incidência de casos nos últimos anos, sendo a Doença de Crohn e a retocolite ulcerativa as DIIs mais comuns. Dor abdominal, diarreia, sangramento nas fezes, perda de peso, mal-estar, indisposição e anemia estão entre os sintomas.
Diagnóstico precoce e prevenção

O diagnóstico das DIIs é realizado por meio de exames e análises clínicas, e quando realizado precocemente previne a evolução da doença, reduzindo a necessidade de cirurgia ou complicações mais sérias, inclusive o óbito. Estas doenças não têm cura, mas o tratamento precoce e adequado auxilia o paciente a controlar o processo inflamatório, para que não apresente mais os sintomas.

Manter hábitos de vida saudáveis é fundamental para o tratamento como também para a prevenção das DIIs. “O controle do estresse, a redução do consumo de alimentos ultraprocessados, a prática de atividades físicas regularmente, são formas efetivas de prevenção”, pontua a gastroenterologista Marcya Moanna.
Programação no HRC

O evento do dia 8 de maio será realizado em dois momentos no auditório do HRC. Pela manhã, das 10h às 11h10, será voltado para os acompanhantes dos pacientes e contará com orientações de profissionais sobre o que são as DIIs, a importância do diagnóstico precoce, e sobre a dieta na prevenção e tratamento das DIIs. Já à tarde, a partir das 16h, o público-alvo serão os profissionais da saúde, estagiários, internos e residentes do HRC, que poderão acompanhar um relato de caso clínico; orientações sobre encaminhamento precoce da DII ao serviço especializado; quando e por que realizar cirurgia na DII; e sobre os cuidados com a ostomia.

“Atualmente estamos no HRC com três pacientes jovens graves de 16, 17 e 21 anos, dois já submetidos à abordagem cirúrgica. Então o objetivo desse momento é divulgar a doença à população em geral e aos profissionais da saúde, para conscientização sobre o diagnóstico precoce, já que mais de 40% das pessoas que sofrem com essa doença só é diagnosticada um ano após o início dos sintomas”, destaca a médica Marcya Moanna.

*Conteúdo da Assessoria de Comunicação do HRC

Mortes por dengue passam de 2 mil desde o início do ano

FRAME/EBC

Mais de 4 milhões de casos foram notoficados no país

O Brasil já registrou 2.073 óbitos confirmados por dengue neste ano e outras 2.291 mortes estão em investigação. Em todo o ano de 2023, 1.179 brasileiros perderam a vida para a doença.

Segundo dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Ministério da Saúde, 4.176.810 casos prováveis da doença foram notificados em todo o país nos quatro primeiros meses. O coeficiente de incidência da doença no país é 2.056,9 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Atualmente, 13 estados, além do Distrito Federal, apresentam tendência de queda no número de casos: Acre, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo. Outros oito estados têm tendência de estabilidade: Alagoas, Amazonas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul. Os estados do Ceará, Mato Grosso, Pará, Sergipe e Tocantins continuam com tendência de aumento.

“Ainda precisamos prestar atenção. Nós subimos a montanha, agora estamos descendo, mas ainda temos muitos casos que podem acontecer e óbitos que podem ser evitados”, alertou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, em entrevista.

*Conteúdo da Agência Brasil

Hipertensão gestacional: conheça os riscos para a saúde das mulheres e bebês

FOTO: ASCOM do HRN

A gestante Maria Tainá Felipe é acompanhada para controle da diabetes e da hipertensão

No decorrer da gestação, algumas comorbidades e complicações podem comprometer o estado de saúde da grávida e do bebê. É o caso da hipertensão gestacional, que pode estar associada à pré-eclâmpsia, eclâmpsia e outras complicações graves, até mesmo fatais para mãe ou para o bebê. O Hospital Regional Norte (HRN), unidade da Secretaria da Saúde (Sesa), em Sobral, atende gestantes de alto risco vinculadas à Policlínica ou ao Centro de Especialidades Médicas de Sobral (CEM), além de pacientes reguladas. Em 2023, foram admitidas 548 pacientes com Síndrome Hipertensiva Específica da Gravidez (SHEG).

“A pré-eclâmpsia é uma condição clínica que causa o aumento pressórico na gestante após a vigésima semana de gestação. Uma vez que é identificada, o ideal é que essa paciente procure o pré-natal especializado, de alto risco, para o controle da doença”, explica a médica ginecologista e obstetra do HRN, Renata Nogueira.

A médica explica ainda que vem sendo observado um aumento na incidência da hipertensão gestacional, principalmente por conta de alguns hábitos de vida da população, como sedentarismo, obesidade, tabagismo e até associação com algumas doenças prévias, como diabetes, hipertensão e alguns problemas da tireoide.

É o caso da manicure Maria Tainá Felipe Lúcio, 28. Gestante de 21 semanas, ela tem diabetes e hipertensão. Desde o início da gestação, foi acompanhada tanto pelo pré-natal da cidade onde mora, em Santana do Acaraú, a 40 km de Sobral, quanto pelo pré-natal de alto risco. “Eu sabia que tinha essas doenças, mas eu queria muito engravidar novamente. Aqui estou sendo bem acompanhada e estou tendo um controle da pressão e da glicemia”, garante.
Fatores de gravidade

O controle da pressão pode ser feito com anti-hipertensivos e principalmente na identificação de alguns fatores de gravidade, para evitar que a paciente tenha desfechos desfavoráveis, como crises convulsivas, até óbito fetal e materno. “Quando bem acompanhado no pré-natal e realizado o controle adequado da pressão, a doença pode ter remissão completa após a gravidez, evoluindo em níveis pressóricos adequados e sem nenhuma complicação”, completa Nogueira.

O acompanhamento do pré-natal de alto risco foi essencial para o desfecho positivo da gestação da dona de casa Terezinha de Souza Bezerra, 22, que deu à luz a Benício na quarta-feira (24). É a segunda gestação dela e nas duas houve diagnóstico de hipertensão. “A pressão ficava normal, mas já no final da gestação aumentava”, conta. Ela lembra que sentiu dor de cabeça e na nuca e em uma consulta de rotina teve o diagnóstico da hipertensão arterial. “Depois já me encaminharam para cá e o meu bebê nasceu bem”, conta.

*Conteúdo das ASCOM do HRN


Acidente Vascular Cerebral: HRC orienta sobre importância de buscar atendimento no início dos sintomas

 


Ação de sensibilização sobre AVC com equipe do HRC no CRI de Juazeiro do Norte / Foto: Naiara Carneiro

Caracterizado como um déficit neurológico súbito agudo, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade permanente no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de AVC (SBAVC). No entanto, é possível preveni-lo ou tratá-lo de forma eficaz quando o atendimento é realizado em tempo hábil. Para isso, o Hospital Regional do Cariri (HRC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), referência no atendimento a casos de AVC agudo e subagudo, conscientiza a população sobre a importância de procurar a assistência em até quatro horas do início dos primeiros sinais e sintomas.

“Observamos que a população está buscando atendimento após muitas horas de início de sintomas, o que tem impossibilitado a realização das trombólises”, afirma a assessora de qualidade do HRC, Anne Rafaela Tavares. A trombólise é um procedimento que utiliza medicamentos chamados trombolíticos para dissolver um coágulo. Diante deste fato, a equipe multiprofissional da Unidade de AVC do HRC deu início a uma série de estratégias para conscientizar a população sobre quais são os principais sinais e sintomas dessa doença e o que se deve fazer, ao identificá-los.

Uma das estratégias foi uma ação de sensibilização realizada no mês de abril com a população assistida no Centro de Referência do Idoso (CRI) de Juazeiro do Norte. Apesar de o AVC também acometer a população jovem, é na população idosa que ele é mais recorrente. Na ocasião, o coordenador médico da Unidade de AVC do HRC, Saulo Oliveira, repassou algumas orientações importantes.

“O AVC é uma doença que tem como tratar. O do tipo isquêmico, é através de uma medicação que faz desobstruir o trombo que está provocando o AVC. Só que para essa medicação funcionar de forma adequada, ela precisa ser administrada logo assim que começam os sintomas do AVC. Então ações como essa, de prevenção, de promoção de saúde e de orientação à população, têm o intuito de informar quais são os sintomas de um AVC, onde procurar assistência, para que ela busque atendimento o mais rápido possível e que possa ser utilizada a medicação, dando uma melhor condição de vida do paciente pós-AVC”, explica o coordenador.

Além das orientações com o médico, foram realizadas dinâmicas com a equipe de fisioterapia, aferição de pressão arterial e teste de glicemia com a equipe de enfermagem. Para a dona de casa Maria Luci Sampaio, 64, foi um momento de muito aprendizado. “Eu gostei da palestra e aprendi bastante coisa nova. O principal aprendizado foi que a gente que é dessa idade e tem problema, como eu que tenho diabetes, a gente tem que se cuidar”, destacou.

Sinais e sintomas do AVC

Os principais sinais e sintomas do AVC são sonolência, desorientação, boca torta, dificuldades na fala, dor de cabeça súbita e perda de força. “Então, antes a pessoa estava normal e do nada apresenta fraqueza no braço, na perna, de um lado do corpo, a boca torta, dificuldade de articular as palavras, ou até mesmo não conseguir falar. Outra alteração que é menos comum é a dificuldade visual, não conseguir enxergar direito. Ou uma pessoa que nunca teve tontura, do nada fica tonta e não consegue levantar, não consegue caminhar. São as principais manifestações do AVC”, ressalta o médico Saulo Oliveira.

HRC conta com Unidade de AVC

Ao chegar no Hospital Regional do Cariri, o paciente é atendido para identificar se está sofrendo um AVC e de qual tipo, se é isquêmico ou hemorrágico. O AVC isquêmico ocorre quando um coágulo bloqueia o sangue de chegar a uma área do cérebro. Já o AVC hemorrágico é quando ocorre um sangramento dentro ou ao redor do cérebro. Para identificar o AVC, é realizada uma tomografia.

Após o exame, se o caso for de AVC do tipo isquêmico, a pessoa é direcionada para a Unidade de AVC do HRC, um centro especializado para tratamento e reabilitação desses pacientes, onde receberão assistência 24 horas de uma equipe multiprofissional formada por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e assistente social.

A dona de casa Maria Lúcia de Alcântara, 68, é uma das pacientes que precisou passar pela Unidade de AVC do HRC. “Eu estava deitada em casa, assistindo televisão, e quando eu levantei já fiquei tonta e meio trêmula e virada pro lado direito, sem conseguir me apoiar, a língua sem conseguir falar”, conta. Ao notar a situação, o esposo de dona Maria Lúcia ligou para um médico amigo da família, que o orientou a levá-la imediatamente para o HRC.

“Quando cheguei aqui, fui imediatamente fazer uma tomografia, já foi diagnosticado o AVC e foram feitos os procedimentos de imediato. Depois me trouxeram pro leito. O tratamento está excelente. Já fiz vários exames. Graças a Deus e devido a gente ter vindo dentro do horário máximo não tive nenhuma sequela. Agora já estou fazendo fisioterapia, tô sendo medicada. Eu agora estou ótima, não estou sentindo mais nenhuma dor, nada”, relata aliviada.

Sequelas e prevenção

O AVC é uma doença que pode deixar muitas sequelas, principalmente motoras e funcionais, como dificuldades para se locomover, para falar e se alimentar, comprometendo as atividades diárias do indivíduo. “Então, essas sequelas acabam incapacitando muito as pessoas, dependendo do tamanho do AVC e se procuraram assistência rápido ou não”, completa Saulo Oliveira.

A doença pode ser prevenida se forem tratados os fatores de risco, como por exemplo hipertensão arterial, diabetes, sedentarismo, colesterol alto, obesidade e tabagismo. A mudança de hábitos é fundamental nesses casos, sendo necessário controlar a pressão arterial, tratar a diabetes, reduzir o peso e os níveis de colesterol, buscar ter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas, não fumar, e fazer acompanhamento médico com regularidade.

*ASCOM

Parto raro de gravidez abdominal é realizado no Hospital São Vicente de Barbalha-CE

Foto: Bianca Duarte – Assessora de Imprensa do HVSP


Na tarde desta segunda-feira (23), o Hospital Maternidade São Vicente de Paulo, referência em maternidade de alta complexidade, celebrou um feito extraordinário, ao realizar com sucesso o parto de uma gravidez ectópica abdominal, uma condição extremamente rara onde o bebê se desenvolve fora do útero materno.


A incidência desse tipo de gestação é extremamente baixa, aproximadamente 1 caso a cada 10 mil gestações. Com a ajuda de toda equipe hospitalar, a pequena Geovanna Eloá veio ao mundo com saúde, nascendo após 35 semanas de gestação. Devido a complexidade do caso a bebê e a mãe permanecem internadas, mas seguem estáveis.


A gravidez ectópica, seja abdominal ou em outras localizações fora do útero, representa uma condição séria que requer diagnóstico precoce e intervenção médica adequada para garantir a saúde e a segurança da mãe e do bebê. É importante que casos como esse servem como alerta para a importância do acompanhamento médico durante a gestação e da conscientização sobre os diferentes desafios que podem surgir durante a gravidez.

Cirurgia redutora de risco para câncer de mama proporciona esperança a paciente

Foto: Wescley Jorge / Ascom HGCC 


Equipe médica conversa com paciente e aponta os cuidados para a continuação de tratamento

 

“Ah! Viver intensamente, aproveitar cada dia, porque se existe uma coisa que a gente aprende é que tem que aproveitar cada dia de vida. A doença não roubou a minha identidade.” A frase é de Maria Guadalupe Silva Moreira, 26, autônoma, moradora da cidade de Jaguaruana, no Ceará. Os planos para o futuro foram feitos no dia da alta hospitalar, do Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Ela passou pela cirurgia redutora de risco para câncer.

A cirurgia redutora de risco para câncer de mama é um procedimento indicado para mulheres com uma predisposição genética aumentada para desenvolver a doença, como aquelas portadoras de mutações no gene TP53. Essa mutação está associada a um risco significativamente aumentado de câncer de mama, bem como de outros tipos de câncer, como o de ovário.

“Cerca de 10 a 15% dos casos de câncer de mama são ocasionados por mutações herdadas, ou seja, mutações germinativas que favorecem, aumentam a incidência de câncer durante a vida. A cirurgia é uma proposta de redução de risco para paciente. Quando realiza essa cirurgia com reconstrução imediata com prótese, reduz em 90% o risco de desenvolvimento de um tumor de mama e confere um resultado estético significativo. A gente consegue reduzir o risco e consegue uma qualidade de vida melhor [para a paciente]”, explica o mastologista Antonio de Pádua.

Critérios

No Hospital Geral Dr. César Cals, desde novembro de 2022, três procedimentos foram realizados. Para a indicação cirúrgica, alguns critérios devem ser considerados. Dentre os quais, pacientes que apresentaram múltiplos casos de câncer de mama e/ou ovário na família, um ou mais caso de câncer de mama em homem na família, ter um parente de primeiro grau com câncer de mama abaixo dos 50 anos ou que tenha história própria de câncer de mama abaixo dos 50 anos.

“Além disso, a paciente deve ser encaminhada para consulta com geneticista e realizar teste genético com procura de mutações patogênicas em genes que regulam ciclo celular tipo BRCA, TP53 e ATM. Em caso de teste genético positivo, é oferecida a cirurgia redutora de risco”, descreve Pádua.

Guadalupe foi diagnosticada a partir da consulta e exames realizados na Policlínica de Russas. Ela foi encaminhada para o Centro de Ambulatórios do HGCC para consulta de Mastologia e de Oncomastologia. De acordo com Paulla Vasconcelos Valente, mastologista, a paciente passou por mais exames e teste genético, no qual constatou-se a mutação. “A partir desta informação, a paciente iniciou tratamento de quimioterapia. Após término do tratamento, foi indicada cirurgia bilateral com reconstrução mamária bilateral”, aponta.

“No primeiro dia do diagnóstico, foi um baque, mas Deus tem um propósito na vida de cada um. Quando eu soube que tinha que fazer essa cirurgia, eu aceitei bem. Deus me fortaleceu muito. Ele me dá esse refúgio. Não sou de outro planeta, como dizem as minhas amigas”, disse Guadalupe.

O procedimento foi um sucesso. Tudo saiu conforme o planejado. “Paciente evoluiu muito bem, extremamente feliz e satisfeita com o resultado. Após recuperação da cirurgia, retornará à oncologista clínica para iniciar tratamento de hormonioterapia, no Instituto do Câncer do Ceará. Continuará o acompanhamento no HGCC, trimestralmente, durante os dois primeiros anos, e, depois semestral; após cinco anos, anualmente” garante Valente.

Pós-cirúrgico

A cirurgia redutora de risco não garante a prevenção completa do câncer. Outros fatores de risco e variáveis individuais também desempenham um papel importante e é essencial que as mulheres continuem com acompanhamento médico regular e adotem um estilo de vida saudável como parte de uma estratégia abrangente de prevenção do câncer.

“Essa intervenção cirúrgica ajuda a mulher a enfrentar o diagnóstico da mutação, aliada a um estilo de vida que concilia uma nutrição saudável, alimentação equilibrada, atividade física regular, ausência do consumo de álcool e tabagismo. Com isso, a paciente, até psicologicamente, fica mais confortável. Ela está tendo uma ação proativa que vai ajudá-la a enfrentar o problema de uma forma objetiva, clara e comprovada cientificamente”, reforça Pádua.

Para outras pacientes, Maria Guadalupe deixa um recado: “Tenha fé. Converse com o nosso Paizinho do Céu porque ele nos fortalece. Existe o medo de enfrentar o tratamento, porque muita gente se apega ao medo a partir de conversas. A gente tem que viver o nosso momento, o nosso tratamento e não o do outro”, aconselha.

*Conteúdo da Ascom HGCC 

Hospital Regional do Cariri supera oito milhões de atendimentos em 13 anos de funcionamento

FOTO: JOTA lOPES/AGÊNCIA CARIRICEARA.COM

HRC é referência para 45 municípios da macrorregião do Cariri

Referência no atendimento a casos de média e alta complexidade, o Hospital Regional do Cariri (HRC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), completa 13 anos no próximo dia oito de abril de 2024. Desde sua inauguração, em 2011, o HRC já realizou mais de oito milhões de atendimentos. Ao todo, foram 465.248 atendimentos na emergência, 99.058 procedimentos cirúrgicos, 119.534 atendimentos ambulatoriais, 7.391.104 exames de imagem e laboratoriais e 78.744 internações.

Localizado em Juazeiro do Norte, O HRC foi o primeiro hospital público da rede estadual construído no interior do Ceará, e atende aproximadamente 1,5 milhão de pessoas dos 45 municípios que integram a macrorregião do Cariri.

O equipamento é referência no atendimento de casos de AVC agudo, subagudo e traumatologia. Dispõe de serviço de Clínicas Médica e Cirúrgica; Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Adulto; Unidades de Cuidados Especiais Adulto; Unidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC) – casos agudos e subagudos e traumas de alta complexidade, além de ambulatório para pacientes do trauma e AVC. Possui hoje 300 leitos ativos, sendo 184 leitos de enfermaria, 50 leitos de UTI, 54 leitos de observação na emergência e 12 leitos de recuperação pós-anestésica.

Entre os pacientes que já foram atendidos pelo HRC está o churrasqueiro João Paulo da Silva, 42. Ele é proveniente da cidade do Crato e sofreu um acidente em julho de 2023, sendo socorrido diretamente para o HRC, onde passou 110 dias internado. “Chegando lá fui bem atendido, tive uma ótima assistência, me trataram bem ao longo do tempo que passei internado. Mas graças a Deus e aos profissionais do HRC, estou aqui contando meu depoimento. O hospital está de parabéns, com excelentes profissionais para cuidar da saúde e do bem estar de todos os pacientes. Eu só tenho a agradecer por tudo que fizeram por mim”, relata.

Safira Fideles, 20, sobrinha de João Paulo, acompanhou o tio no período de internação no HRC. “A assistência é muito boa, o tratamento dele que teve em casa também com a equipe do Programa de Atendimento Domiciliar, super cuidadosos. Foi tudo de bom, só gratidão a todos que cuidaram tão bem dele”, afirma.

O HRC conta hoje com mais de 1.700 trabalhadores. Entre eles, o enfermeiro Luciano Moreira, 38, que atua na emergência da unidade desde 2012. “Quando o Regional começou a ser construído, eu estava na faculdade, e sempre que eu passava em frente daquele grande prédio a se erguer a cada dia, eu me imaginava trabalhando nele, e determinei que eu iria realizar esse sonho”, diz.

Ao lembrar dos momentos mais marcantes dessa trajetória, ele destaca a pandemia da covid-19 como o mais desafiador. “Ainda lembro do primeiro paciente a ser internado na primeira UTI covid, eu que o recebi e fiz a classificação de risco”, conta. Hoje, Luciano é coordenador de enfermagem da emergência. “Espero continuar fazendo história por aqui, ajudando a quem necessitar”, completa.

Reconhecimento

Desde 2016, o HRC mantém a Acreditação em Excelência pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Essa acreditação no mais alto nível indica que o hospital cumpre padrões de qualidade e segurança do paciente, além de ter padrões de gestão integrada e demonstrar uma cultura organizacional de melhoria contínua com maturidade institucional.

Segundo o diretor-geral do HRC, Dr. Giovanni Sampaio, são muitos motivos para comemorar. “A gente só tem mesmo é que comemorar esses 13 anos, e que venham mais 13 anos de muito trabalho exitoso, de muito trabalho em prol da comunidade da nossa região. Quero agradecer a todos que fazem o Hospital Regional, de todos os setores, e a cada um que desenvolve seu trabalho com excelência e de fundamental importância. Nenhum servidor, ou nenhum posto de trabalho, tem êxito no Hospital Regional do Cariri se não tiver a soma de todas as pessoas que aqui devotam seu trabalho com muito entusiasmo e galhardia”, destaca.

Em 2022, o HRC foi classificado como o 14° melhor hospital público do Brasil pelo Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross), em conjunto com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a ONA e o Instituto Ética Saúde (IES). Essa iniciativa reconhece as instituições hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) que demonstram maior eficiência, recebem avaliações positivas dos usuários e se destacam pela qualidade e segurança oferecidas aos pacientes.

Residências

Com seis programas de residência médica, 124 profissionais especialistas já foram formados no HRC, nas áreas de Clínica Médica, Cirurgia Geral, Radiologia e Diagnóstico por Imagem e Medicina de Emergência e Medicina Intensiva. Neste mês de abril foi iniciada a primeira turma da residência em Anestesiologia.

Há ainda um Programa de Residência Multiprofissional em Neurologia e Neurocirurgia, com vagas para Enfermagem, Fisioterapia, Serviço Social e Nutrição. Além dos programas de residência, o HRC é campo de estágio para todos os cursos da área de saúde da região, por meio de convênios com instituições públicas e privadas.

Comemorações

Para celebrar os 13 anos de funcionamento, o HRC vai realizar, no próximo sábado (6), das 8h às 11h, na recepção do ambulatório, uma ação social para toda a comunidade. Na ocasião, serão ofertados diversos serviços, com o apoio de instituições parceiras, como corte de cabelo, aferição de pressão arterial e teste de glicemia, aulão de dança, massagem, limpeza de pele, entre outros; além de orientações sobre sinais do AVC com uma equipe multiprofissional do hospital e ação educativa sobre segurança no trânsito com o Demutran de Juazeiro do Norte.

As comemorações continuam no dia oito de abril, com um momento ecumênico a partir das 9h, encerrando ao meio-dia com apresentação da Banda de Música Padre Cícero, na recepção principal.

*Conteúdo da Ascom do Hospital Regional do Cariri (HRC)


 

Saiba as diferenças entre o vírus sincicial respiratório e a influenza

FOTO: MARCELLO CASAL/AGÊNCIA BRASIL

Casos das duas doenças têm crescido no Brasil nas últimas semanas

Com sintomas parecidos, os casos de vírus sincicial respiratório (VSR) e de influenza têm crescido no Brasil nas últimas semanas. Apesar de os dois vírus se comportarem de forma semelhante, existem particularidades que ajudam a fazer a distinção entre eles.

O vírus sincicial respiratório, por exemplo, acomete com muita frequência os bebês pequenos, nos primeiros meses de vida. “Ele tem uma alta prevalência nesse período da vida. Tanto é que os estudos mostram que até que a criança complete um ou dois anos de idade, mais de 95% delas já terão sido expostas a esse vírus”, explica o presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Marco Aurélio Sáfadi.

O VSR tem uma manifestação clínica clássica que é a bronquiolite, doença que começa com febre, tosse, igual a outras doenças respiratórias, mas que progride para um quadro de cansaço e insuficiência respiratória, chamado comprometimento do trato respiratório inferior, que abrange os pulmões, os bronquíolos. “Essa é uma manifestação que não é exclusiva do VSR, mas é muito típica dele”.

Já o vírus Influenza, de forma geral, tem gerado surtos em crianças de idades maiores, adolescentes e adultos jovens. “É bem sintomático nesse grupo, provoca febre de início súbito, dores no corpo, dor de garganta, sintomas de tosse, coriza. Nesses grupos etários – crianças maiores, adolescentes, adultos jovens, o vírus sincicial raramente vai provocar sintomas. Então, a idade acaba sendo um fator para se suspeitar de um ou de outro”, explicou o especialista.

Entre os idosos, tanto o vírus da influenza como o sincicial podem ser problemáticos. Ambos provocam quadros parecidos nos idosos, muito difíceis de serem distinguidos.
Riscos

Segundo Marco Aurélio Sáfadi, os riscos desses dois vírus são claros. Por exemplo, o VSR é responsável por 80% das bronquiolites e por um percentual importante das pneumonias em bebês pequenos. “Ele é o vírus que mais hospitaliza bebês. É a causa número um de hospitalização por quadros respiratórios, ou síndrome respiratória aguda grave, como relatam dados do Ministério da Saúde. No primeiro ano de vida, o campeão é o VSR”.

Já nas crianças maiores, adolescentes e adultos, a predominância passa a ser do vírus Influenza e do Sars-Cov-2, vírus que causa a covid-19.

“Tem estudos que mostram que ter infecção pelo sincicial nos primeiros meses de vida, e de forma mais grave e sintomática, pode se traduzir por tornar essa criança uma criança chiadora crônica, com episódios recorrentes de sibilância, ou chiado no peito”. De acordo com Sáfadi, esses são impactos no longo prazo do fato de ter a infecção em idade tenra e de forma sintomática mais grave.
Estratégias

O diretor da SBP destaca duas estratégias já aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda não disponíveis, para diminuir a carga de doenças provocadas pelo VSR. A primeira é a vacinação da gestante contra a VSR, que protege o bebê ainda no útero, e a segunda é um medicamento, um anticorpo monoclonal, que pode ser aplicado no bebê ao nascer e protege com uma única dose a criança por, pelo menos, cinco meses, que é o período de formas mais graves desse vírus.

Segundo Sáfadi, esse medicamento já está sendo utilizado em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, com redução dramática das taxas de hospitalização.

“Ambas as estratégias são muito promissoras e devem, obrigatoriamente, fazer parte dos debates do Ministério da Saúde para introduzir uma ou as duas estratégias no Brasil para proteger as nossas crianças dessa doença”, manifestou o pediatra.

Como os estudos já provaram eficiência, ele estimou que a introdução dessas novidades no país vai depender de iniciativa, disponibilidade de doses e avaliação de custo.

*Conteúdo da Agência Brasil







Brasil passa a adotar esquema de dose única contra o HPV

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil


Anúncio foi feito pela ministra da Saúde, Nísia Trindade

A vacinação contra o HPV no Brasil, a partir de agora, passa a ser feita em dose única. O anúncio foi feito pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, na noite dessa segunda-feira (1º). Até então, o país utilizava um esquema de duas doses para combater a infecção, principal causadora do câncer de colo de útero.

“Uma só vacina vai nos proteger a vida toda contra vários tipos de doença e de câncer causados pelo HPV, como o câncer de colo de útero. Não vamos deixar que crianças e jovens corram esse risco quando crescerem”, escreveu a ministra em seu perfil na rede social X, antigo Twitter.

Nísia pediu ainda que estados e municípios façam uma busca ativa por jovens com até 19 anos que não receberam nenhuma dose da vacina. Segundo ela, em 2023, foram aplicadas 5,6 milhões de doses do imunizante. “O maior número desde 2018 e um aumento de 42% no número de doses aplicadas em relação a 2022”.

“Agora, temos mais vacinas para proteger nossa população contra os riscos causados por esse vírus. Usar apenas uma dose de vacina foi uma decisão baseada em estudos científicos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, destacou.
Quem pode se vacinar

A imunização no Brasil, atualmente, é indicada para meninos e meninas de 9 a 14 anos; vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham sido imunizadas previamente; pessoas que vivem com HIV; transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea; e pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.
Testagem

Em março, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de um teste para detecção de HPV em mulheres classificado pela própria pasta como inovador. A tecnologia utiliza testagem molecular para a detecção do vírus e o rastreamento do câncer do colo do útero, além de permitir que a testagem seja feita apenas de cinco em cinco anos.

A forma atual de rastreio do HPV, feita por meio do exame conhecido popularmente como Papanicolau, precisa ser realizada a cada três anos. A incorporação do teste na rede pública passou por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que considerou a tecnologia mais precisa que a atualmente ofertada no SUS.
A infecção

O HPV é considerado atualmente a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e o principal causador do câncer de colo de útero. A estimativa do ministério é que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil todos os anos.

Apesar de se tratar de uma enfermidade que pode ser prevenida, ela segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de morte por câncer em mulheres - sobretudo negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.

*Conteúdo da Agência Brasil

 

Samu 192 Ceará dá dicas para evitar acidentes durante Semana Santa; assista ao vídeo

Foto: Arquivo/Caririceara.com

Feriadão de Semana Santa chegando, hora de aproveitar a folga e relaxar. Mas é preciso tomar alguns cuidados para que a diversão não seja interrompida. Ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) Ceará pode garantir que o socorro seja prestado o mais rápido possível. 

O diretor do Núcleo de Educação em Urgência (NEU) do Samu 192 Ceará, Yury Tavares, dá algumas orientações sobre direção segura e sobre cuidados para evitar afogamentos.

 

*Conteúdo da  Assessoria de Comunicação do Samu 192 Ceará

Hospital Regional do Cariri ganha Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais

Foto: Helene Santos / Casa Civil  do Ceará


O serviço funcionará com uma equipe exclusiva, de segunda a sábado, das 8h às 17h

 

O Governo do Ceará entregou, nesse sábado (23), o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da região do Cariri. O setor, responsável pelo atendimento dos indivíduos com condições clínicas especiais, fica no Hospital Regional do Cariri (HRC). A solenidade foi comandada pelo governador Elmano de Freitas.

Ele salientou os avanços na saúde para a população do Cariri com a chegada do Crie. “Anos atrás o povo dessa região precisava ir até Fortaleza para receber esse tipo de atendimento. Hoje, o povo do Cariri é recebido no HRC com dedicação e muita qualidade. É uma conquista muito importante. Vamos continuar com esse bom trabalho na área da saúde”.

O serviço funcionará com uma equipe exclusiva, de segunda a sábado, das 8h às 17h. Ao todo, são três enfermeiros e dois técnicos de enfermagem trabalhando no local. A chegada do Crie fortalece o Programa de Imunização Nacional, política pública fundamental para a sociedade.

Entre as mais de 50 indicações para vacinas no Crie, estão pacientes com doenças crônicas congênitas ou adquiridas que comprometem o sistema imunológico, como HIV/aids, câncer, cardiopatia, diabetes mellitus e hipertensão, além de pessoas transplantadas.

“Estamos muito felizes com essa conquista, pois é esse o compromisso do Governo do Ceará: fortalecer a descentralização e a regionalização do serviço de saúde”, comento a titular da Secretaria da Saúde (Sesa), Tânia Mara Coelho.

 

Além do Crie do Cariri, a Sesa possui outras três unidades: Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), a primeira a funcionar no estado, outra no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e a terceira, também recentemente inaugurada, no Hospital Regional Norte, em Sobral.

 

*Conteúdo das Ascom  Casa Civil  Ceará

Campanha Março Azul prioriza a prevenção do câncer de intestino

Foto: Reprodução/TV Brasil

Inca aponta um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes

Moradores de grupos de risco de 50 a 70 anos, da cidade ribeirinha de Óbidos (PA), de difícil acesso, onde só se chega de barco, fizeram exames de sangue oculto nas fezes por profissionais que participam da campanha Março Azul e aqueles cujo resultado foi positivo estão sendo submetidos agora a exames de colonoscopia, para prevenir o câncer de intestino. A campanha é resultado de parceria entre três entidades médicas que tratam de câncer do intestino: a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG). A campanha tem como lema “Médico e paciente: uma parceria que salva vidas! Juntos na prevenção do câncer de intestino.”

O presidente da SBCP, Hélio Moreira, informou nesta terça-feira (12) à Agência Brasil que “há expectativa de realizarmos em Óbidos 460 colonoscopias nessa população. Lembrando que são pessoas que não têm sintoma nenhum. O único fator de risco que foi levantado para definir o rastreamento foi a idade e, em seguida, presença de sangue oculto nas fezes ou não”. Já foram feitas em Óbidos mais de 170 colonoscopias. Nessas, diagnosticaram dois pacientes com câncer de intestino e cerca de 35% com diagnóstico de pólipos, ou lesões, que foram removidos e, consequentemente, tratados.”

O médico observou que, no câncer de intestino, a prevenção é mais eficiente. “Quando você fala de câncer de mama ou de próstata, a recomendação para realização de exames de prevenção, na verdade, tem objetivo de diagnosticar a doença em um estágio precoce. Ela já é um câncer. Já no câncer de intestino, o rastreamento é para detectar lesões que ainda não viraram câncer e, quando tratadas com a remoção dessas lesões, você evita de o indivíduo ter o câncer”.

Essas lesões, chamadas pólipos ou verrugas, nascem dentro do intestino. Com a colonoscopia, esses pólipos são tratados. Hélio Moreira esclareceu que embora aquele pólipo tenha sido tratado, a pessoa pode ter novos pólipos no futuro. Mas o tempo que decorre entre surgir um pólipo e ele virar um câncer varia de 8 até 10 ou 12 anos, destacou. “Não é uma coisa rápida”. Tirando esses pólipos agora, o médico pode recomendar a repetição desse exame para rastrear novos pólipos em um período longo, dando aos indivíduos a chance mínima deles terem um câncer de intestino com esse tipo de rastreamento.

Estimativa

Estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, são de 45.630 novos casos de câncer colorretal no Brasil, em cada ano do triênio 2023/2025, afetando potencialmente mais de 136 mil brasileiros. O Inca aponta um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes, divididos entre 21.970 homens e 23.660 mulheres. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Datasus, referentes a 2020, indicam que 20.245 pessoas faleceram devido ao câncer de cólon, reto e ânus, ressaltando a urgência de ações preventivas e de conscientização.

“Para ter ideia de quanto isso é um problema importante e precisa ter uma sensibilidade maior do poder público para essa questão, em 2010, nós tivemos 23 mil casos de câncer de intestino no Brasil. Em dez anos, dobrou o número de casos de câncer de intestino. Hoje, é o segundo tipo de câncer mais frequente, tanto para homens, como para mulheres, na nossa população. E a incidência vem aumentando de forma alarmante”, assegurou Hélio Moreira.

O presidente da SBCP defendeu o estabelecimento de um programa nacional que seja parte do calendário do governo federal de rastreamento do câncer de intestino. Tanto a colonoscopia como a pesquisa de sangue oculto nas fezes são feitos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). “Mas é preciso organizar melhor o sistema, ampliar a quantidade de clínicas que possam oferecer esses exames, para poder atender a demanda que um programa de rastreamento de câncer de intestino vai gerar”.

Hélio Moreira admitiu que, em um primeiro momento, o programa demandará muitos recursos. “Mas no médio e longo prazo, vai se observar que uma quantidade imensa de pacientes que teriam câncer não terão mais. Serão tratados endoscopicamente, uma quantidade imensa de pacientes que são diagnosticados hoje em uma fase avançada de câncer, onde o tratamento envolve cirurgia, quimioterapia, radioterapia e, mesmo assim com taxas muito baixas de sobrevida dos pacientes.”

Moreira esclareceu que uma vez que se implementa um sistema de rastreamento, diminui os gastos com tratamento dos pacientes que têm câncer e melhora significativamente suas chances de cura. “Então, no médio e longo prazo, esse investimento inicial é amplamente justificado. Para salvar uma vida, qualquer gasto é justificado. Mas até no ponto de vista financeiro, é muito mais interessante a gente implementar um sistema de rastreamento do que deixar as coisas como estão hoje”, indicou.

Sintomas

Atualmente, no Brasil, mais de 70% dos casos de câncer de intestino são diagnosticados em fase avançada da doença. “É uma catástrofe”. Estamos falando aí de tratamentos caríssimos, prolongados, sofrimento imenso do paciente e da família, afastamento de trabalho, necessidade de uso de bolsas de colostomia, que poderiam ser evitados com um sistema de rastreamento adequado,” explicou.

Moreira reforçou que no diagnóstico do câncer de intestino na fase inicial, o sintoma mais comum é não ter sintoma. “Quando tem sintomas, normalmente já são casos mais avançados e é preciso que a população entenda que devem ser valorizados”. O principal sintoma é a presença de sangue vivo nas fezes. Outros aspectos importantes são o emagrecimento de causa desconhecida, o surgimento de uma anemia de causa indeterminada e a presença de uma alteração do hábito intestinal. Ou seja, de repente, o intestino, que funcionava de uma forma, começa a mudar o jeito de funcionar: ele prende, tem episódios de diarreia, depois prende de novo. “Quando isso acontece, valorize os sintomas e procure um médico especialista para que ele possa avaliar a necessidade de uma investigação mais aprofundada.”

Este é o quarto ano da campanha Março Azul. Até o final deste mês, serão realizadas ações em todas as capitais e em algumas cidades de médio e pequeno porte, com caminhadas, distribuição de panfletos, audições públicas, entrevistas, tudo com interesse maior de alertar a população sobre esse tema, tão importante para a saúde.

A cada ano, o mutirão de exames presenciais é feito em uma cidade específica. No ano passado, por exemplo, ocorreu em Cairu (BA) e, no ano retrasado, em Pilar (AL). “A gente vai escolhendo, normalmente, cidades de difícil acesso, com pouca oferta de exames de endoscopia para a região, onde realmente a campanha pode trazer um impacto gigantesco para aquela população”, disse o presidente da SBCP.

Fatores de risco

As três entidades que participam da campanha enfatizam que o tumor intestinal pode ser influenciado por diversos fatores de risco, incluindo histórico familiar de câncer, sobrepeso ou obesidade, idade igual ou superior a 50 anos, uma dieta rica em alimentos processados e carne vermelha, tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e a presença de doenças inflamatórias intestinais, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn.

A prevenção do câncer de intestino está ligada a um estilo de vida saudável, que inclui prática regular de exercícios físicos, manutenção do peso ideal, abstenção do tabagismo e consumo moderado de bebidas alcoólicas. Além disso, recomenda-se a adoção de uma dieta rica em verduras, frutas, legumes, farelos e cereais integrais, beber cerca de dois litros de água por dia e limitar o consumo de carne vermelha e alimentos ultraprocessados e embutidos.

A Campanha Março Azul 2024, dedicada à conscientização sobre o câncer de intestino, está disponível no site, onde podem ser encontradas informações sobre a doença, incluindo métodos de prevenção, fatores de risco, diagnóstico e opções de tratamento. A iniciativa conta com o apoio institucional da Associação Médica Brasileira (AMB) e do Conselho Federal de Medicina (CFM).

*Conteúdo da Agência Brasil